14/07/2013

Common Denominator - Capitulo 2 - Fuga



ALLYSON’s POV.
Depois de longos minutos naquele chuveiro, voltei ao quarto, enrolada em uma daquelas toalhas e vesti a mesma roupa que eu estava. Sentei-me no chão, encolhida em um canto, abraçada a minhas pernas, e chorei. Eu precisava demonstrar força, mas a cada vez que meu olhar se cruzava com aquela cama suja de sangue, meu sangue, eu me lembrava dos toques daquele bandido nojento, sua atitude, sua brutalidade... Tudo voltava á tona da forma mais dolorosa possível. Como alguém pode ser capaz de fazer isso com alguém?

Eu me sentia fraca, precisava comer ou beber algo. Acho que já passava das 15h00min. Será que alguém percebeu meu sumiço? Será que alguém já constatou a policia? Alguém está me procurando? Como minha mãe esta? São tantas perguntas que vagam pela minha mente. Eu me encontrava confusa, perdida, desolada, com medo.

Encarava a porta a cada segundo, com medo que aquele cara entrasse. Sua voz gritando comigo me atormentava e me fazia arrepiar. Seus olhos brilhavam ao ver meu desespero. Ele tinha prazer em me ver sofrer e implorar por piedade. Aquele sorriso debochado que ele mantinha em seus lábios a me ver jogada no chão sangrando... Era tudo tão insano.

A porta foi escancarada com brutalidade, me fazendo pular, e tremer ao ver aquele homem gigante a minha frente. Ele era musculoso, careca e atraente. Devia ser mais um capanga do Bieber.

  - Levante-se! - mandou. Sua voz era grossa e medonha.

  - Me deixa sair daqui. - implorei, secando qualquer resquício de lagrimas que tivessem em meu rosto. - Juro que não irei contar nada a ninguém, mas, por favor, me tire daqui. - pedi deixando mais uma lagrima escaparem.

  - Vamos, levante-se! - me puxou bruscamente pelo braço, me fazendo soltar um muxoxo de dor.

Fui arrastada para fora do quarto, enquanto implorava a ele que me deixasse ir embora, mas o filho da puta fingia não me ouvir. Aquilo estava me irritando. Meu braço estava começando a latejar. Na minha cabeça passava várias formas de fugir daquele lugar. A primeira coisa que eu precisava fazer era me livrar daquele brutamonte, depois precisava passar pelo monte de seguranças que eu vi que existe nessa casa, e finalmente chegar ao murro, onde eu poderia escalar e sumir daqui. Ok, mas agora... Como eu faço isso?

  - Cara, me solta, por favor! - pedi novamente, e ele me ignorou.

Eu preciso agir rápido. Olhei para os lados, certificando-me de que não havia nenhum outro segurança atrás de nós, e pisei em seu pé.

  - Ahh. - gritou segurando o pé.

Antes de ir, chutei suas partes baixas, para ter certeza de que ele não iria me seguir, e sai correndo. Eu não sabia para onde ir. Forcei um pouco a memória, lembrando-se do caminho que fiz ontem com o loirinho bonito, e lembro-me de ter passado por uma sala de estar. Com certeza teria uma porta lá. Corri mais ao avistar a escada no fim do corredor, e a desci correndo, tentando fazer o mínimo de barulho possível, o que era difícil com aquele sapato. Eu queria achar minha mochila, mas não daria tempo. Parei perto da porta, que tinha um vidro que dava total visão do lado de fora, que, claro, estava lotado de seguranças.

  - Droga! - murmurei irritada, logo teria vários homens atrás de mim, eu tenho que agir.

Quer saber, vou arriscar, seja o que Deus quiser. Abri a porta, tentando transparecer segurança.

  - Hey, o que está fazendo aqui fora? - um grandão perguntou, barrando minha passagem.

  - Estou indo embora oras. - falei como se fosse alguém importante, e tão arrogante quanto aquele babaca do Justin, jogando meus cabelos para o lado de forma sensual, quem sabe funciona. - Agora, com licença, preciso ir.

  - Não, você não pode sair daqui sem autorização do chefe. - ele continuou a me barrar.

  - Olha aqui, você sabe com quem está falando? - perguntei arrogante e ele me olhou desconfiado. - Se não me deixar passar o Bieber acaba com a sua raça. - ele arregalou os olhos. - E se quiser eu posso piorar tudo... Tortura me parece legal. - falei pensativa.

  - A senhora não precisa fazer isso. - falou.

  - Irá sair da minha frente? Vamos, não tenho o dia todo caralho! - gritei histérica, porém tentando não chamar muito a atenção dos outros.

  - Pode passar. - falou recuando ao seu lugar e eu sorri falsa, comemorando por dentro.

Comecei a andar rápido, com certeza já devem estar vindo atrás de mim. Chegando a certo ponto do jardim, tentei ter certeza que eles já não me viam e sai correndo em direção ao murro mais próximo, que ficava um pouco longe. Eu sentia meu coração disparado. Nunca havia precisado fugir, nem como agir eu sei direito, mas acho que estou indo bem. Vi que estava quase perto do murro mais escondido e que as câmeras não pegavam, quando um carro cruzou o portão em uma velocidade alta. Mudei meu percurso, seguindo para algumas moitas. Eu precisava respirar. Estava sem ar. Joguei-me naqueles matinhos e fiquei ali, recuperando minha respiração. O barulho do motor daquele carro já havia sumido completamente e eu achei estar segura. Pelo modelo, uma Ferrari branca toda equipada, com certeza era Justin, e ele sendo avisado do meu sumiço virá atrás de mim, com certeza, então, quanto mais rápido eu sair daqui, melhor. Olhei bem para o murro a minha frente, e depois olhei para a minha primeira opção, do outro lado do jardim. Aquele tinha uma parte desgastada, na qual facilitava minha fuga, porém era arriscado demais, já esse eu apanharia, mas era mais escondido. Vai esse mesmo.

Levantei-me, limpando a sujeira da bunda e tentei a primeira vez. Obvio nada de progressos. 

Também, quem em sã consciência escala um murro de salto alto? Bufei, revirando os olhos e tirei o sapato, o segurando na mão e tentando novamente. Sorri ao conseguir sustentar meu pé preso á um galho que passava pelo murro e subir um pouco. Estiquei minha perna direita e subi mais um pouco, porém deslizei e voltei ao que estava. Eu estava parecendo uma macaca, e ainda sentia minha intimidade latejar, junto as minhas coxas e pernas, mas eu precisava sair desse lugar. Com todas as minhas forças consegui subir mais um pouco, alcançando o fim do murro com a minha mão. Ajeitei meus sapatos enganchados ao bolso de dentro da jaqueta pelos saltos, uma gambiarra minha, e joguei minha outra mão. Ser líder de torcida apenas me ajudou ali, eu tinha força nos braços, tanta que consegui me erguer, e colocar a cabeça para fora.

Sorri vendo o passe para a minha liberdade. Era uma rua asfaltada, e pouco movimentada, pelo que pude ver apenas alguns drogados passavam por ali cruzando as pernas, torcendo para não cair de caro no chão. Deserta e desconhecida por mim, mas um bom começo, certo? Eu podia sentir o vento batendo em meu rosto, me alegrando e dando mais forças para continua com o meu plano. Conseguindo sair dali eu podia tentar contato, ou pelo menos me localizar, mas eu estaria livre daquele monstro. Apoiei-me melhor nos meus braços, e com a ajuda das minhas pernas, que se esgueiravam pelo murro, se ralando toda, consegui colocar parte do meu corpo para fora. Quando ia me sentar no murro, para pode pula para o lado de fora senti meus tornozelos serem agarrados com tamanha força.


Todas as minhas chances de fugas estão se esgotando...

NOTINHA RÁPIDA DA AUTORA:

Bom meus anjos, o capitulo ficou pequeno, mas, amanhã (hoje, como preferirem), postarei mais um... 

Agora de madrugada recebi uma noticia péssima, não só eu como qualquer um que tenha um ídolo e, principalmente, os Gleeks... O Cory faleceu... Nossa, eu que assistia, mas não era uma Gleek, fiquei chocada, e ainda não consegui acreditar! Ficam aqui meus pêsames a todos os fãs, familiares e amigos. Confesso que nunca passei por isso, mas sinto muito e imagino a dor de vocês. 
Enfim, boa noite a todos...

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