03/07/2013

Forbidden Love - 5º Capitulo - Quase...

NOTAS DA AUTORA: Hey pessoas! Bom, no capitulo anterior eu tinha cometido um pequeno erro porque acabei me embananando toda aqui com os meus arquivos, mas em fim, eu os corrigi e ajeitei tudo... Dois capítulos hoje e logo mais tem Common Denominator para vocês!


Entrei em meu quarto e tranquei a porta, escorregando pela mesma sentando no chão. Droga, por que tenho que se tão emotiva quando o assunto é meu pai. Se ele não gosta de mim eu tenho que esquecer certo? Por que eu tenho que ficar remoendo essa dor dentro de mim? Por que tenho que ligar tanto para essa merda de pessoa? Uma pessoa tão cruel a ponto de dizer na cara de uma criança de sete anos, que tinha o pai como exemplo, que ela não era sua filha?

Flashback On (autora pov.)

  - Papai! Papai! Aonde você vai? – Perguntou a garota agarrando-se a perna do homem. – Me leva junto?
  - Anne me larga! Eu não sou seu pai! – gritou fazendo com que a menininha o soltasse assustada.
Os olhos do homem estavam vermelhos, como se tivesse chorado litros, e o modo como olhava para a garota, com desprezo e revolta, a assustava e muito.
  - Papai, o que aconteceu? – Anne perguntou com lagrimas nos olhos.
  - Não me chame mais de pai. Esquece que eu existo garota! – Patrick deixou uma pequena lagrima escorrer por seu rosto.
  - Mas papai... – a garota tentou argumentar, mas o homem a deixou ali, no chão da sala, chorando e sem entender nada, dando de costas e indo embora da humilde casa.
Tracy correu até a garota e a pegou no colo, aconchegando-a em seus braços.
  - Mamãe, o papai não me ama? – A garotinha perguntou a mãe que a observava com ternura.
  - A mamãe te ama muito pequena. – Tracy a abraçou mais forte, como se pudesse mostrar a garotinha que tudo iria passar.

Flashback Of (Anne pov.)

Maldito seja aquele homem! Maldito seja o dia que eu o chamei de pai! Patrick James eu te odeio com cada fibra do meu corpo! Levantei do chão disposta a não chorar mais por quem não merece se quer uma lagrima minha. Caminhei em passos lentos até o banheiro e parei de frente ao espelho que havia em cima da pia. Abri uma das gavetas para pegar um lacinho, e lá estava ela... Minha velha amiga. A lamina afiada brilhava como se me chamasse. A peguei nas mãos e fiquei a observando. Meus pulsos começaram a formigar, como se pedisse para que eu passasse ela ali. Lentamente fui levando-a até meus pulsos, que ainda continham algumas cicatrizes desde a ultima vez a pouco mais de um ano, a coloquei ali.
  - Droga Anne! Por que você tem que ser tão fraca! – gritei para mim mesma e deixei as lagrimas novamente me tomar.
Não eu não vou fazer isso! Não... Ninguém merece minha dor, eu não vou me cortar! Joguei a lamina longe. Como isso pode passar por minha mente? Eu não posso fazer isso. Deixei que imagens de Mellanie, Jullie e Jennie tomassem conta dos meus pensamentos, enquanto lagrimas rolavam por meu rosto. Droga, por que tenho que ser tão dramática! Tem gente em situação pior não?! Tem gente sem ter o que comer, ou que não tem uma mãe, como as crianças do orfanato, e eu aqui fazendo esse drama por que meu pai é um idiota! Levantei e sequei meu rosto. Despi-me e liguei o registro, entrando de baixo da água morna. Fechei os olhos, sentindo uma sensação gostosa me tomar, ao fundo pude escutar minha mãe batendo na porta do quarto e gritando alguma coisa, na qual não dei à mínima. Permaneci no chuveiro por mais algum tempo, tipo muito tempo. Sai me enrolando na toalha e segui para o meu closet. Peguei um shorts e uma blusinha soltinha e me vesti. Sentei na minha cama e peguei meu violão, é eu toco. A musica é a única coisa que me trás paz de verdade e me deixa a vontade, é onde eu posso me expressar.

(...) Três Dias Depois (...)

Já faz três dias que estou presa em casa. Tudo tem sido parado e extremamente chato. Eu não falo com a minha mãe, e ela, às vezes, tenta puxar papo, mas eu ignoro a deixando falar sozinha. Justin tem ficado comigo esses dias, e tenho que dizer que ele até que é legal, mas continua sendo um traste. Ele conta piadas, zoa e é mega brincalhão, e sempre que ele está por perto eu sinto um frio na barriga, como se tivesse borboletas nela, e sorrir é inevitável. É esquisito sabe, nunca senti nada assim, eu conversei com a Jullie e ele me disse uma coisa impossível, que eu estou APAIXONADA! Louca né!!? Tipo, nada a ver eu apaixonada pelo meu padrasto. Gargalhei quando ela me disse isso. Nós temos conversado apenas por SKYPE, pois minha mãe não a deixa vir aqui, e ela também não pode sair de casa. Eu já não estou mais aguentando ficar aqui, é como um presídio. Então decidi que irei sair. Ainda não sei exatamente como, já que minha mãe mandou os seguranças ficarem em cima de mim e Leonor também não dá ponto sem nó, sem falar que ela pegou a chave do meu carro, mas isso eu resolvo em dois segundos.
Olhei-me e no espelho e sim, essa roupa esta legal, não vou a nenhum lugar chique mesmo, pretendo ir ao orfanato, o único lugar que me dá calma. Pus uma sandália, estilho gladiador, dourada e desci. Verifiquei se não havia ninguém em casa e segui pelo imenso corredor, com varias salas, até o escritório da minha mãe. Silenciosamente entrei nele e comecei a revirar as coisas atrás da bendita chave. Estantes, gavetas, dentro de potinho, de enfeites e até no cofre, que eu tenho a senha. Eu sei, sou mega importante! Nada! Senhor onde essa mulher resolveu esconder a chave desta vez. Sempre que ele apegava escondia em um livro falso, mas nem lá está. Será que ela deixou no quarto dela? De ponta de pé sai de seu escritório e segui até seu quarto, no terceiro andar... Agora me diz... Para que uma casa tão grande para apenas três pessoas? Pergunto-me isso sempre. Entrei em seu quarto, e ele estava silencioso, sinal de que o Bieber não esta aqui, muito menos ela. Primeiro vou checar o closet. Adentrei o lugar, que é bem maior que o meu, e comecei a caçar. Tinha varias caixas, e em nenhumas delas estavam minhas chaves, procurei no meio das roupas, e nada de chaves ali também. Até nas caixinhas de joias eu procurei, mas nada. Que droga!
Sai do closet e olhei ao meu redor, as cômodas! Será que ela esconderia ali? Caminhei até a cômoda, que é mais uma mesinha de cabeceira e comecei a fuçar nas gavetas, a primeira só tinha papeis e mais papeis, na segunda havia alguns remédios, que eu não consegui identificar para que serviam, e na terceira... ECA! Camisinha, umas fechadas e outras usadas, puta merda que nojo! Fechei rápido, aquela gaveta e segui para a cômoda do outro lado da cama. Abri a primeira gaveta e tinha um agenda, abri a segunda e tinha muitos papeis, chaves e um monte de coisas. Fucei até finalmente avistar meu chaveiro de caveira. Só minha mãe para achar que eu não conseguiria pegar minha chave de volta. Ri e pus algumas coisas dentro da gaveta de novo.
  - Winks! – alguém gritou e eu levei um tombo, pelo susto, caindo de bunda no chão.
  - Vai assustar a vó filho da puta! – gritei.
Me virei para a porta da suíte, tendo a visão de Justin apenas com uma toalha enrolada na cintura e com os cabelos pingando sobre os largos ombros, o deixando ainda mais sexy que o normal. Seu corpo não era muito musculoso, pelo contrario ele era bem magrelo, mas tinha um tanquinho definido. Devo ter ficado perdida no corpo do garoto por muito tempo, pois quando me dei por mim ele estava a minha frente, estalando os dedos, tentando chamar minha atenção.
  - Anne?! – perguntou me olhando.
  - Oi... Err... – senti minhas bochechas queimarem e com certeza eu estava mais vermelha que um pimentão.
  - O que faz aqui? – perguntou segurando o riso.
  - Nada não... – escondi as chaves no meu bolso de trás do short. – Só vim ver se minha mãe tinha remédio para dor de cabeça. – menti.
  - Jura? Acho que no seu quarto você tem uma caixa cheia dele não? – perguntou.
  - É mas... Mas acabou. – sorri.
  - Como?
  - A sabe... É complicado... Tipo... – gaguejei. – O que você faz aqui? – tentei mudar de assunto.
  - Devolve! – mandou estendendo a mão.
  - O que Bieber? Ta louco? – ri nervosa.
  - Anne, vai logo devolva! – insistiu.
  - Bieber ponha uma roupa. – mandei. Sério, esse corpo dele esta me desconcentrando. Como vou mentir bem assim?
  - Anne. – mandou.
  - É sério. – falei manhosa.
  - Fique aqui. – mandou.
  - Au au. – pus as mãos em forma de pata e a língua para fora, o fazendo revirar os olhos.
Ele foi até o closet, e devagar comecei a caminhar até a porta.
  - Nem pensei nisso! – ele gritou, e logo apareceu apenas de bermuda. Nossa ajudou muito em Bieber!
Eu estava a centímetros da porta. Olhei para ela, olhei para ele.
  - Anne não. – pediu baixo.
Sem pensar corri para a porta e a abri saindo correndo pelo imenso corredor.
  - Anne desgramada, volta aqui! - Justin gritou me fazendo rir.
Quando finalmente cheguei á escada, senti mãos geladas agarrar minha cintura e me erguer.
  - Te peguei. – sussurrou no meu ouvido, fazendo-me arrepiar.
Senti uma corrente percorrer todo o meu corpo, como se eu tivesse acabado de levar um choque, e todos os pelos do meu corpo se eriçar.
  - Justin, me solta. – falei balançando minhas pernas.
  - Devolve! – falou próximo a minha nuca. Aqui esta ficando quente não!!?
  - Nunca! – gritei, parando de me debater. A verdade é que eu queria que ele ficasse ali me segurando. Aquilo me trazia uma sensação boa... Muito boa.
  - Vai Anne. – me pos no chão. Mais já Bieber!?
Virei de frente para ele e mirei seus belos olhos caramelados.
  - Não. – balancei a cabeça, mas permaneci olhando dentro de seus olhos, como se eu fosse desvendar seus segredos.
Ele intercalou seu olhar entre meus olhos e minha boca, e eu fiz o mesmo. Suas mãos grudaram em minha cintura, me puxando mais para si. Minhas mãos foram até seu ombro, eu já podia sentir seu halito quente batendo sobre meu rosto. Fomos nos aproximando aos poucos, e as borboletas em meu estomago começaram a se manifestar. Fechei meus olhos e senti nossos lábios se roçarem.
  - Menina Anne! – Leonor gritou, nos fazendo se afastar assustados.
Entreguei as chaves para Justin, que permanecia estático, e desci correndo sem se quer dizer algo, ou olha-lo. Entrei correndo na minha sala de musica e me tranquei lá dentro. Joguei-me em um dos pufes que tinha perto do piano e fechei os olhos. Droga! Por que eu queria que aquilo acontecesse!? Era para eu querer distancia daquele ser!


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