03/07/2013

Forbidden Love - 6º Capitulo - Vocês formam um lindo casal

NOTAS DA AUTORA: Segundo capitulo do dia!



Acordei sentindo uma dor imensa no corpo. O lugar estava bem claro. Me mexi um pouco e senti meu corpo chocar-se com o chão. Abri meus olhos assustada, tendo visão do meu piano branco em cima de mim. Levantei rapidamente batendo a cabeça com força no mesmo.
  - Droga! - murmurei pondo a mão onde havia batido.
Finalmente consegui me levantar do chão e observei o lugar ao meu redor. Eu ainda estou na minha sala de musica. Que merda! Ontem passei a tarde aqui, e devo ter se esquecido de subir. Como se esquece de algo assim? Caminhei lentamente para fora da sala e segui pelo imenso corredor até sair na sala, onde minha mãe e Justin se agarravam. Eles se separaram, mas não perceberam minha presença. Segui, silenciosamente, até a cozinha, encontrando Leonor preparando algo, acho que ovos mexidos.
  - Bom dia Leo. - beijei sua bochecha.
  - Bom dia minha menina. - falou.
  - Que cheiro bom. - me sentei no mármore da pia.
  - Ovo mexido para o Senhor Justin. - ao ouvir o nome dele meu corpo se arrepiou.
  - Hm... - murmurei.
Peguei uma maçã e subi para o meu quarto. Segui direto para o banheiro. Liguei o registro e despi-me, entrando debaixo da água gelada. Meu corpo se arrepiou, mas logo se acostumou com a baixa temperatura. Em minha mente a única coisa que vinha era o nosso quase beijo. Seu toque, seu hálito quente chicoteando meu rosto, nossos lábios roçando um ao outro, o choque percorrendo meu corpo. Tudo aquilo foi tão intenso. Enfiei minha cabeça debaixo d' água, na tentativa de esquecer aquilo.
Desliguei o chuveiro e sai enrolada em uma toalha. Entrei no meu closet e peguei um short jeans, e uma blusa de manga comprida cinza, caída nos ombros, de pano bem fininho. Pus uma lingerie cinza, da mesma cor da blusa, e me vesti. Soltei meu cabelo preto, que caiu sobre meus ombros. To pensando em mudar a cor... Sei lá, por luzes ou avermelhado... Ainda estou processando a ideia. Passei um lápis e um gloss, e desci. Sentei na sala e liguei a TV. Zapeei os canais e deixei em um desenho qualquer. Se não me engano Kid VS. Cat, no Disney XD. Fiquei assistindo. Era bem besta, tipo o menino salvando o mundo do gato esquisito, mas era legal. Deitei no sofá. Meu corpo ainda doía um pouco. Escutei bem ao fundo meu celular tocar. Onde ele está? Acho que ta lá em cima. Subi as escadas correndo e quando finalmente cheguei ao meu quarto a merda para de tocar. Peguei-o em cima da poltrona e verifiquei o numero... Desconhecido. Dei de ombros e desci para a minha sala de musica, e me tranquei lá.  Faz tempo que não passo o dia apenas tocando e compondo. Ando tão sem inspiração ultimamente. Sentei de frente ao meu piano e deixei meu celular em cima dele. O abri e comecei a tocar algumas coisas. Era tudo sem nexo. Peguei algumas partituras, que estavam em uma pasta roxa, e escolhi uma musica que escrevi há três anos, pouco depois de sair da reabilitação.
(...)
  - Toma retardada! - gargalhei.
Estava vendo um programa que mostra vídeos engraçados da internet. Acabou de passar o da menina que ia fazer uma pegadinha com a amiga, ai tipo ela se escondeu dentro do lixo, e quando a amiga fosse jogar o lixo ela atacaria a menina com uma máscara de mostro, só que na verdade quem estava sendo trolada era a menina que estava dentro do lixo, que acabou levando um banho. Confuso né?! Mas se você estivesse assistindo ia ser mais legal. Tinha uns vídeos tão bestas, que te fazia gargalhar por nada.
  - O que é tão engraçado? - a voz rouca e sexy, dos meus pesadelos, perguntou.
Olhei para trás e ali estava ele, com uma bermuda e uma camiseta com gola V. Mega sexy.
  - Nada demais. - dei de ombros evitando olha-lo.
  - Anne, eu queria dizer que... - sentou ao meu lado. - Olha, eu sei que o que aconteceu ontem foi... - pareceu procurar a palavra. - Intenso. Mas esse clima não pode ficar.
  - Que clima Bieber? - perguntei ainda olhando para a TV.
  - Essa coisa tensa. O que aconteceu ontem não teve nada a ver, foi um deslize que acontece com qualquer um. - falou.
  - Não tem nada tenso aqui. - o olhei por um segundo, mas logo voltei meu olhar para a TV.
  - Você nem me olhando está. - falou irritado.
  - Claro que estou. - me virei para ele. - Viu, te olhei, agora posso ver meu programa em paz? - tentei despacha-lo.
  - Ta. - bufou e saiu da sala.
(...)
  - Menina Anne. - Leonor apareceu na sala.
  - Fala Leo. - me virei para ela.
  - A minha filha mais velha está tendo bebê. - falou afobada.
  - Ai meu Deus. - levantei.
  - Ela já está no hospital, será que eu poderia ir até lá?
  - Claro. Vá.
  - Mas a janta ainda não esta pronta.
  - Eu dou um jeito. Pode ir ver seu netinho, ou netinha. - sorri e ela me abraçou.
  - Obrigada minha menina.
  - De nada Leo.
Ela saiu correndo e logo sumiu do meu campo de visão. Já eram 19h30min e minha barriga estava roncando. Eu sou uma negação na cozinha, a única coisa que sei fazer é uma macarronada básica, e um arrozinho... Acho que vou pedir uma pizza. Melhor ver do que Justin vai querer. Subi as escadas, até o bendito terceiro andar, bati na porta do quarto e ele murmurou um 'entre'.
  - Justin eu vou pedir uma pizza por que Leonor precisou sair, vai querer do que? - perguntei.
  - Não to a fim de comer pizza hoje. - deu de ombros.
  - Vai comer o que então bonitão? - perguntei sarcástica.
  - Vamos a um restaurante. - levantou sorrindo. - Se vista.
  - Jura?
  - Vai logo Anne. - mandou e concordei.
Desci até meu quarto. Peguei um vestido quadriculado vermelho e preto (como o que ela usa em Sunny Entre Estrelas), pus meu salto preto, fiz um make marrom, passei um gloss e deixei meu cabelo solto.
Peguei meu celular e desci, encontrando Justin na sala pronto. Que lindo. Ele usava uma camisa azul quadriculada e um blazer, com a manga na metade do braço, deixando sua tatuagem da coruja aparente.
  - Nunca tinha percebido que você tem uma tatuagem. - falei.
  - Tenho várias. - deu de ombros. - Você está linda. - sorri. - Vamos?
  - Claro, estou morrendo de fome. - falei.
Tranquei a porta e ele abriu a porta do carro para que eu entrar.
  - Que cavalheiro. - falei rindo.
Ele deu a volta e entrou ao lado do motorista.
  - Sempre. - sorriu galanteador dando partida.
  - Aonde vamos? - perguntei após alguns minutos em silêncio.
  - Surpresa. - falou.
  - Odeio surpresas. - resmunguei.
Liguei o rádio, e estava tocando Usher, Scream, comecei a cantarolar. Justin ficava me olhando de um jeito diferente, esquisito no mínimo. Encostei minha cabeça na janela e fiquei observando a paisagem.
Nova Iorque é uma cidade incrível, perde apenas para Paris, que ainda é minha cidade favorita. Acho que por causa da moda, das luzes, tudo! Minha avó mora lá... Já havia mencionado isso? Acho que não. Sempre passamos o natal e ano novo lá.
  - Chegamos. - Justin avisou.
Olhei para o lado de fora observando o belo restaurante.
  - Por que não disse que viríamos a um lugar chique? Eu me vestiria melhor. - fiz careta e ele riu.
  - Não sabia que se importava com isso.
  - Me importo. Sem falar que sou filha de Tracy Winks, uma das melhores estilistas do mundo, não posso ser vista mal vestida. - falei.
Ele saiu do carro e deu a volta abrindo a porta para que eu saísse.
  - Obrigada. - sorri.
Ele deu a chave ao manobrista e entramos no restaurante. Logo veio um métri, bem vestido, ao nosso encontro.
  - Senhor Bieber. - o homem sorriu. - Bem vindo novamente.
  - Olá Paulo. - Justin sorriu. - Mesa para dois.
  - Claro. Acompanhe-me. - o homem nos guiou até uma mesa perto da janela. - O cardápio. - nos estendeu o mesmo.
  - Obrigada Paulo. - Justin agradeceu e o homem saiu. - Gostou do lugar?
  - Sim. - falei.
Olhei para a janela tendo visão do Central Park e me perdi na bela vista.
  - Já escolheu Anne? - Justin perguntou.
  - Ahh, não. O que recomenda? - ri fraco.
  - O camarão daqui é ótimo. - disse.
  - Vamos ver. - desafiei.
Ele fez os pedidos, e ficamos em silêncio até a comida chegar. Era esquisito estar aqui, sozinha com ele.
  - Isso daqui é realmente bom. - disse após provar o camarão.
  - Eu disse. - deu de ombros.
  - Justin... - chamei.
  - Oi.
  - Desde quando conhece os meninos? - fiz a pergunta que estava há dias na minha mente.
  - Desde criança. - sorriu. - Nós viemos juntos para cá fazer faculdade.
  - Legal. Da onde vocês são?
  - Canadá. - falou sorrindo.
  - Já fui pra lá. Vancouver é legal. - falei.
  - É... - deu de ombros.
  - Onde você morava?
  - Stratford. É uma cidadezinha pequena, mas é meu lugar preferido no mundo.
  - Quero conhecer um dia. - falei.
  - Claro, te levo. Conte-me mais sobre você. - Pediu.
  - O que quer saber?
  - Tudo.
  - Moro em Nova York desde que nasci, me formo daqui a três semanas, musica é a minha vida. Só.  - resumi tudo.
  - Toca?
  - Piano e violão. E você?
  - Toco piano, violão, bateria, trompete, e acho que é só. - disse.
  - Ual! - fiquei boquiaberta. - Você faz mais alguma coisa ou parou por ai.
  - Acho que é só isso. - riu.
  - Você faz o que da vida? - perguntei.
  - Engenharia. Tenho uma empresa.
  - Hm... Então tu é rico?
  - Acho que sim né... - riu. - A menos que aquele carro e o meu apartamento sejam roubados.
  - Então Bieber, sabe... Meu aniversário já passou, mas ainda aceito presentes... Tipo um Iphone novo, ou um videogame novo. - falei esperançosa.
  - Claro... - sorri. - Quem sabe quando eu enlouquecer.
  - Ótimo não vai demorar muito. - sorri falsa. - Bieber, se você tem 22, ainda não era para estar na faculdade?
  - Sou um gênio gata. Pulei alguns anos na escola. - gabou-se.
  - Nerd. - falei. - Podia me ajudar a estudar né? Ou me passar cola de algum jeito. - falei.
  - Claro, o que você está estudando?
  - Acho que... Não sei. - ele riu.
  - Como você não sabe? Sua mãe me disse que você tem notas ótimas.
  - E tenho... Graças aos nerds da minha classe. - sorri.
  - E você pretende fazer o que da vida?
  - Vou seguir os passos da minha mãe. - dei de ombros. - Mas pretendo fazer faculdade.
  - De?
  - Moda, ou arquitetura. - falou. - Minha mãe não deixará eu fazer de arquitetura, certeza.
  - Legal. - murmurou.
Aos poucos nosso papo foi ficando descontraído, e começamos a falar sobre assuntos diversos, desde o meu mico bêbada, até as travessuras de crianças dele. Riamos feito idiotas, e tudo virava piada. Meu celular começou a vibrar em cima da mesa, me assustando. Peguei e novamente era o número desconhecido. Atendi.
  - Alo.
  - Anne? - homem.
  - Sim. Quem é?
  - Joe.
  - Quem?
  - Joe, da balada. - balada?
  - Desculpa, que balada?
  - Que você ficou bêbada. - riu fraco.
  - A claro, o carinha que eu fiquei. - falei me lembrando. - Nossa foi mal. E ai, tudo bem?
  - Claro. E você?
  - To bem. Como conseguiu meu número?
  - Aquele dia, dei um toque no meu celular e salvei.
  - Ahh...
  - Liguei para saber se você não quer sair comigo. Topa?
  - Então... - como vou dizer que estou de castigo. - Sabe... Eu...
  - Você não quer né? - parecia triste.
  - Quero. Mas é que... Ai droga! Eu to de castigo. - falei rápido e Justin riu.
  - Só isso? - riu. - Tudo bem, me liga quando estiver livre ok?
  - Tudo bem.
  - Tchau.
  - Tchau, beijos e até mais. - desliguei sem deixa-lo dizer algo.
  - Namorado? - Justin perguntou, ele estava esquisito.
  - Ficante. - falei.
  - Hm...
Terminamos de comer em silêncio, o clima ficou esquisito depois da ligação. Justin pagou e fomos embora. SEM SOBREMESA!! Isso sem sobremesa! Esse idiota não me deixou pedir a sobremesa. Filho de uma mãe boa! O manobrista trouxe o carro e não deixei que Justin abrisse a porta, entrei. Quem mandou não me deixar comer minha sobremesa!
  - Passa no mercado. - mandei.
Em casa não tem doce, e se eu ficar sem doce eu fico mais mal humorada que o normal.
  - Para que? - ele perguntou com o cenho franzido.
  - Passa. - mandei irritada.
Eu sei que pareço uma criança, mas eu sou assim. Preciso de doce após o jantar, nem que for um confete minúsculo, eu preciso sentir minha boca doce. Justin entrou no estacionamento vazio do mercado, e logo estacionou em uma vaga.
  - Preciso de dinheiro. - falei olhando para ele.
  - E...?
  - Me dá.
  - Vou com você. - falou.
Dei de ombros e desci do carro. Parei na escada rolante, e Justin estava logo atrás. Assim que cheguei ao andar de cima - mercado esquisito né? - corri até a seção de doce. Peguei algumas barras de chocolate e um pote de sorvete, e fui para o caixa.
  - U$ 15,65. - A caixa informou.
Olhei para Justin.
  - Por favor. - ele revirou os olhos e pegou a carteira.
  - Não acredito que me fez gastar 15 dólares em chocolate. - falou emburrado enquanto dava o dinheiro para a moça.
  - Fica assim não fofinho. - apertei suas bochechas.
  - Ta chata. - mostrou a língua.
  - Vocês formam um casal lindo. - a caixa disse sorrindo entregando a notinha a Justin.
  - Ahh... Nós dois? - Justin perguntou e a moça assentiu. - Não... Nós não somos namorados.
  - Ohh, desculpe. - ela ficou vermelha. - Mas ficariam lindos juntos.
  - Obrigada... Eu acho. - falei sorrindo e saindo na frente.

Agora isso vai ficar em minha mente. Eu e Justin como um casal? Imagina isso. Seria no mínimo esquisito. Tipo, nós não passamos 30 minutos sem brigar, imagina juntos. Brigando por qual filme assistir, ou em que restaurante ir. Seria um desastre total, eu é que não iria querer ver.

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