02/01/2014

Common Denominator - capitulo 6 - Tortura

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ALLYSON’s POV.
Nossos corpos ainda estavam conectados. Ficamos daquele jeito, em silencio, apenas regularizando nossas respirações por um tempo, até o celular dele tocar. Justin saiu de mim, e sentou ao meu lado na cama, pegando o celular em cima da cama.
  - Fala. - atendeu rude. - Conseguiram achar o filho da puta? - parecia nervoso e animado ao mesmo tempo. - Não, não façam nada ainda, eu quero acabar com essa porra! - falou com um sorriso sombrio nos lábios que me fez estremecer. - Já estou indo. - desligou. - Se veste vadia! - mandou olhando para mim.
  - Como?
  - Anda logo, se veste que um dos seguranças irá te levar de volta ao quarto. - falou entrando no banheiro.
Bufei irritada, me sentindo uma idiota por ceder tão fácil e me levantei, pegando minhas roupas espalhadas pelo quarto. Terminei de me vestir e parei de frente a um espelho. Eu estava totalmente desgrenhada. Meu cabelo todo bagunçado, com cara de monga. Passei as mãos por ele, penteando-o com os dedos e o deixando mais apresentável, e dei leves tapas em meu rosto, o deixando mais corado. Bom, não está ótimo, mas ficou melhor. Sentei-me a cama, e fiquei esperando Justin sair do banheiro. Ele saiu apenas com uma toalha enrolada na cintura e seguiu direto para uma porta que tinha ali, o closet, com certeza. Após uns 20 minutos ele saiu vestido com uma calça skine preta e uma camiseta preta, dobrada nos braços e segurando suas opções de jaquetas, uma jeans, que é mais um colete, e uma de couro preta. Deixou as duas na cama, ao meu lado, e foi para frente do espelho. Lá eu fiquei o observando mexer no cabelo. Justin demorou um tempinho fazendo aquele topete perfeito, mas o resultado realmente compensa. Ele agia como se eu não estivesse ali, o que era bom por um lado, já que eu não sabia como agir com ele no momento. O vi ficar olhando para as jaquetas, indeciso, até resolver-se sobre a de couro preta. Aquela não ficava boa, pos deixava o look inteiro preto, o que ficava meio esquisito. Eu não tinha certeza se falava ou não, vai que ele me dá uma patada ou me xinga. Ahh, mas não me custa nada falar como ele ficaria ainda melhor né?
  - Justin, essa jaqueta não fica muito boa, acho que deveria colocar a jeans para contrastar melhor com o preto. - falei um pouco receosa e ele me olhou pelo espelho.
Sem dizer uma palavra, Justin tirou a preta e veio até o colete jeans pegando-o logo em seguida e o vestindo. Ele ajeitou a gola, o que deixou um pouco esquisito, aquele tipo de colete não ficava bom assim, vestido certinho. Ousei-me levantar e ir até ele, que me olhou feio a me ver tocando seu ombro devagar e o virar.
  - Assim... - ergui a gola e a ajeitei. - Fica bem melhor. - sorri meiga e ele balançou a cabeça negativamente. - Desculpa. - ergui a mão me desculpando e encolhendo o ombro e voltei a me sentar na cama.
Justin voltou ao closet e eu aproveitei para revirar os olhos e bufar. Senhor, que garoto chato do caramba! Ele voltou de lá com uma corrente em mãos e a colocou, dando um charmezinho a mais no look, e depois foi até a cômoda, onde pegou um dos óculos escuros que havia ali. Gente, esse menino ficou perfeito!
  - Vamos! - falou rude e eu obedeci, com medo de levar mais xingos.
Antes de sair do quarto ele abriu uma gaveta e tirou de lá uma arma, que colocou na cintura logo em seguida.
  - Leve-a de volta ao quarto das vadias. - ordenou a um dos seguranças que havia ali no corredor, e o mesmo assentiu e me pegou pelo braço, o apertando forte.
JUSTIN POV.
  - Hey! Vai com calma ai armário, aqui não tem nenhum cachorro não porra! - Allyson esbravejou enquanto o segurança a levava de volta ao quarto.
Ri fraco e segui meu caminho. Desci as escadas correndo, encontrando Ellen passeando por ali.
  - Hey shawty! - sorri malicioso encarando descaradamente suas pernas. - Que isso em delicia. - falei dando um tapa nas mesmas e ela sorriu maliciosa.
  - Volta logo? - perguntou apoiando as mãos em meu peito e mexendo na gola do colete jeans, deixando-as para baixo.
  - Não é da sua conta. - falei me afastando dela que riu fraco e se afastou.
É assim que eu gosto de mulher, obediente, que não opina, apenas serve de boca fechada.
Fui até meu escritório e peguei a chave da Ferrari vermelha. Antes de sair olhei-me no espelho e entortei o nariz.
  - Não é que a vadia tem razão, gola assim tem mais swag. - falei erguendo a gola do colete e rindo.
Coloquei os óculos e sai de casa em direção à garagem. Entrei no carro e dei partida, seguindo em direção ao galpão abandonado, onde os caras deixaram aquele filho da puta. Liguei o radio e a batida animada de Hey Daddy, do Usher, ecoou por todo o carro. Na hora veio á minha mente Allyson. Não sei o porquê, mas hoje, quando estávamos transando, eu a tratei de um jeito diferente. Acho que pelo que ela me disse, eu fiquei com pena, o que acontece raramente. Mas, tenho que admitir, aquela garota me deixou louco. O modo inocente como ela corava a cada toque ou olhar malicioso meu, seu corpo sexy parecia ter sido esculpido por deuses, o jeito que ela me arrepiou apenas com um beijo. Tudo aquilo foi esquisito. Ela é atrevida, e destemida, ao mesmo tempo em que é vergonhosa e indefesa. Ela é... Diferente. É, acho que é.
Virei bruscamente o carro ao perceber que quase passei da entrada de terra escondida no meio do matagal, na beira de uma estrada pouco movimentada, levantando uma nuvem de poeira. Pisei fundo no acelerador e em minutos cheguei ao galpão. Os carros de Ryan, Chaz e Chris estavam lá. Eu estava louco para acabar com a raça daquele filho da puta. Dentre meus homens havia um informante de Tom, e aquele desgraçado passou o local onde receberíamos novas cargas, o que comprometeu e muito, já que quase fui preso. Depois que eu descobri ele fugiu, mas foi idiota o suficiente para continuar usando o mesmo celular. Ryan rastreou fácil o imbecil.
Empurrei as portas de madeira, quase caindo os pedaços, causando um barulho alto, chamando atenção para mim. O Zé ruela estava amarado de cabeça par baixo, com um pano preto na cabeça, enquanto pedia clemência.
  - Ae Drew. - Chaz me cumprimentou, fazendo um toque, e logo vieram os outros dois. - O filho da puta ai, se cagando de medo.
  - O desamarrem. - mandei e assim fizeram, deixando o corpo do cara cair no chão de terra. - O coloquem sentado ali. - falei apontando uma cadeira no canto do casebre. Ryan o colocou lá o amarrando e eu assenti sorrindo maldoso. É agora que a brincadeira começa!
Andei até ele e tirei o capuz da sua cabeça, o cara piscou várias vezes para tentar se acostumar com os fortes raios de Sol que entravam pelos vidros quebrados, e arregalou os olhos assim que me viu.
  - John! - exclamei e ele se encolheu. - Que surpresa, não é?! - perguntei debochado. - Agora vamos conversar. - falei calmo, pegando uma cadeira, a colocando de frente a ele, que me olhava atento, e sentei com as pernas abertas. - Então quer dizer que o bostinha resolveu se bandear para o lado do Tom? Sabe, eu achei muito engraçado isso, por que... Você sabe que ninguém me faz de trouxa né? Ai, vem um merda, como você, e tenta fazer isso. Engraçado, não é? - eu usava o deboche como arma. - Mas acho que seu planinho não deu certo, eu ainda estou aqui, pronto para meter bala em você. - ele arregalou os olhos. - Mas, antes disso acontecer, quero conversar. Primeiro você vai colaborar comigo, para que sua morte seja menos dolorosa. - mentira, eu quero vê-lo sofrer! - Onde o Tom se esconde? - mudei meu tom de voz, deixando-o mais ameaçador e levantei, chutando a cadeira para longe de mim. - Vamos, começa logo antes que eu me irrite! - falei pegando minha arma e a destravando.
  - Eu... Eu não sei. - gaguejou.
  - Como assim não sabe? - perguntei irritado e acertei um soco certeiro em seu rosto. - Como assim, trabalha pro cara e não sabe porra?! Vamos, desembucha filho da puta!
  - Eu não falava com ele diretamente.
  - Julian! - Chaz exclamou e todos assentiram. - O que ele te falava? - Chaz perguntou e nós viramos nossa atenção para o cara, que tremia de medo, a nossa frente.
  - Ele dizia que se o Bieber morrer, tudo seria meu. - falou com a cabeça baixa.
  - Alem de arrombado é iludido. - Chris debochou e nós rimos.
Vire-me de frente a ele e virei mais dois socos. Minha mão estava coçando para acabar com ele naquele momento, mas precisava de mais informações.
  - Como ficou sabendo da carga? - perguntei puxando seus cabelos, para que ele me olhasse.
  - Eu... Eu plantei... Escutas no seu escritório. - falou baixo.
  - O cara é corajoso. - Ryan falou e eu assenti. - Você recebeu ajuda para isso, não recebeu?
  - Não.
  - Um Zé ruela como você não faria isso sozinho. - falei. - Vamos, fale! - ordenei.
  - Um dos seguranças. - falou.
  - Nome caralho! - gritei o assustando.
  - Grayson. - respondeu baixo.
  - Aquele... - fechei minha mão em punho sentindo raiva por ter mais um arrombado infiltrado e descontei na cara de John. - Tinha mais alguém com você?
  - Não. - respondeu cuspindo um pouco de sangue.
  - Vamos você sabe de mais, abre a boca inferno! - Falei socando-o de novo.  
  - Não vou falar. - riu sem humor. - Descubra sozinho Bieber.
Aquilo me irritou. Chutei o pé da cadeira que ele estava fazendo-o ir de cara ao chão e gemer de dor.
  - Chris, vamos tomar medidas mais animadoras. - falei e ele sorriu maldoso, indo até uma mesinha que tinha ali.
Em cima dela tinha vários “utensílios” usados para tortura. Chris pegou uma faca na mão, analisou e negou, pegando outro. Ele parou de frente a um alicate e sorriu, virando para mim. Todos nós vibramos com o utensílio escolhido e ele me entregou.
  - John, vamos começar com pequenos incentivos, ok? - falei levantando a cadeira e ele arregalou os olhos ao ver o que eu tinha em mãos. - Vamos ver como você reage ao perder seus dedos. - falei sorrindo maleficamente. - Por qual eu começo? - perguntei fingindo indecisão, enquanto escutava ele gritar por socorro.
  - Ae Drew, acho que o dedinho né? Coisa pouca. - Chaz falou rindo e eu assenti.
Começando eu peguei sua mão, que ele tentava manter longe de mim, mas sem sucesso, e estiquei seu dedo mindinho. Posicionei o alicate bem rente ao fim do dedo e o pressionei de leve, arrancando um pouco de sangue e um urro de dor, não muito alto. Sorri assim que vi aquele negocio afundar em seu dedo e ele cair no chão em cima de uma poça de sangue, ao som do berro de John. Aquilo era legal, dava sensação de controle.
  - Decidiu contar, ou arrancaremos mais alguma coisa. - perguntei debochado e ele continuou a negar.
Seu dedo jorrava sangue, e ele mordia fortemente o lábio, tentando conter os gritos de dor, mas não abria a porra da boca.
...
John já estava sem quatro dedos, mas até agora não abriu a boca. Eu ficava mais nervoso a cada segundo.
  - Chega dessa porra! - gritei irritado. - Vai falar ou não caralho? - gritei o fuzilando e ele riu sem forças. - Vamos matar de uma vez. - falei dando de costas a ele.
  - Calma! Nós nem nos divertimos. - Ryan disse esfregando as mãos.
Ele pegou um taco de beisebol que tinha ali, escondido em um canto, e o jogou para o alto, pegando em seguida e o ajeitando nas mãos. Ryan deu uma só na boca do estomago do cara e ele vomitou uma bola de sangue, gemendo de dor. Logo Chris e Chaz juntaram-se a ele, indo para cima do homem com vários outros utensílios, eu apenas fiquei de longe observando.
Eu preciso descobrir algo na qual eu possa localizar Tom. O filho da pua vem se escondendo há anos, sempre atacando de longe, às escuras, e eu não posso reagir. Isso me irrita profundamente! Eu preciso acabar com a raça daquele desgraçado, de alguma forma, preciso chegar a ele. Eu já apaguei vários comparsas dele, sempre me livrei de suas armadilhas, e tenho conseguido lidar com seus ataques, mas eu preciso mata-lo, preciso ver seu sangue escorrendo, preciso vingar a morte do meu pai. Aquilo não ficará assim, eu o matarei, nem que precise morrer para isso, eu o matarei! Não tenho nada que me prenda a essa porra de vida mesmo. Aqui o negocio é matar ou morrer.
  - Chega com essa porra! - gritei, vendo que o cara estava quase desmaiando. - Vamos acabar com isso de uma vez. - falei sorrindo. - Chris, os galões. - ele assentiu indo até os fundos do galpão velho.
Logo ele voltou com três galões de gasolina e nós começamos a joga-los por todo o local. Fiz questão de dar um banho em John, que estava meio desacordado, mas ainda poderia sentir a dor. Assim que os três estavam vazios, peguei meu isqueiro e o acendi.
  - Sorte com o capeta. - falei jogando o isqueiro em cima dele, que começou a pegar fogo e gritar.
Eu e os caras saímos, antes de tudo ali começasse a pegar fogo junto, e nos afastamos um pouco, ficando junto aos nossos carros. Eu via o fogo queimando e já não se podia mais escutar os berros de dor daquele imbecil. Sorri com isso. Ele morreu, mais um que tentou ir contra mim morreu. Mais um filho da puta a menos no mundo.
  - Justin, está ficando cada vez mais difícil chegar ao Tom. - Ryan falou se encostando ao meu carro, junto comigo.
  - Nós temos que pegar o Julian. Aquele filho da puta sabe de todos os esquemas do Tom, ele sabe de tudo. Precisamos encontra-lo. - falei entre dentes. Eu encontraria esse cara.
  - Mas nem como ele é sabemos. - Chaz se intrometeu.
  - Mas sabemos que ele está por perto, já que consegue coagir nosso pessoal. - Chris disse.
  - Ele deve estar rondando. - comentei. - Ele sabe de tudo que fazemos, estamos em desvantagem. - falei pensativo vendo o galpão explodir. - Vamos meter o pé, daqui a pouco alguém avisa que isso ta explodindo. - falei indo até a porta do meu carro. - Falo ae!

Adentrei o mesmo e sai dali cantando pneus. Agora, eu tenho decisões importantes para resolver... Quem vai, e quem fica.

Um comentário:

  1. Oi amor, a fic ta muito boa :)) Mas eu achei seu user no anime spirit e comecei a ler Common Denominator lá.

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