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ALLYSON’s POV.
Nossos corpos
ainda estavam conectados. Ficamos daquele jeito, em silencio, apenas
regularizando nossas respirações por um tempo, até o celular dele tocar. Justin
saiu de mim, e sentou ao meu lado na cama, pegando o celular em cima da cama.
- Fala. - atendeu rude. - Conseguiram achar o
filho da puta? - parecia nervoso e animado ao mesmo tempo. - Não, não façam
nada ainda, eu quero acabar com essa porra! - falou com um sorriso sombrio nos
lábios que me fez estremecer. - Já estou indo. - desligou. - Se veste vadia! -
mandou olhando para mim.
- Como?
- Anda logo, se veste que um dos seguranças
irá te levar de volta ao quarto. - falou entrando no banheiro.
Bufei irritada,
me sentindo uma idiota por ceder tão fácil e me levantei, pegando minhas roupas
espalhadas pelo quarto. Terminei de me vestir e parei de frente a um espelho.
Eu estava totalmente desgrenhada. Meu cabelo todo bagunçado, com cara de monga.
Passei as mãos por ele, penteando-o com os dedos e o deixando mais
apresentável, e dei leves tapas em meu rosto, o deixando mais corado. Bom, não
está ótimo, mas ficou melhor. Sentei-me a cama, e fiquei esperando Justin sair
do banheiro. Ele saiu apenas com uma toalha enrolada na cintura e seguiu direto
para uma porta que tinha ali, o closet, com certeza. Após uns 20 minutos ele
saiu vestido com uma calça skine preta e uma camiseta preta, dobrada nos braços
e segurando suas opções de jaquetas, uma jeans, que é mais um colete, e uma de
couro preta. Deixou as duas na cama, ao meu lado, e foi para frente do espelho.
Lá eu fiquei o observando mexer no cabelo. Justin demorou um tempinho fazendo
aquele topete perfeito, mas o resultado realmente compensa. Ele agia como se eu
não estivesse ali, o que era bom por um lado, já que eu não sabia como agir com
ele no momento. O vi ficar olhando para as jaquetas, indeciso, até resolver-se
sobre a de couro preta. Aquela não ficava boa, pos deixava o look inteiro
preto, o que ficava meio esquisito. Eu não tinha certeza se falava ou não, vai
que ele me dá uma patada ou me xinga. Ahh, mas não me custa nada falar como ele
ficaria ainda melhor né?
- Justin, essa jaqueta não fica muito boa,
acho que deveria colocar a jeans para contrastar melhor com o preto. - falei um
pouco receosa e ele me olhou pelo espelho.
Sem dizer uma
palavra, Justin tirou a preta e veio até o colete jeans pegando-o logo em
seguida e o vestindo. Ele ajeitou a gola, o que deixou um pouco esquisito,
aquele tipo de colete não ficava bom assim, vestido certinho. Ousei-me levantar
e ir até ele, que me olhou feio a me ver tocando seu ombro devagar e o virar.
- Assim... - ergui a gola e a ajeitei. - Fica
bem melhor. - sorri meiga e ele balançou a cabeça negativamente. - Desculpa. -
ergui a mão me desculpando e encolhendo o ombro e voltei a me sentar na cama.
Justin voltou
ao closet e eu aproveitei para revirar os olhos e bufar. Senhor, que garoto
chato do caramba! Ele voltou de lá com uma corrente em mãos e a colocou, dando
um charmezinho a mais no look, e depois foi até a cômoda, onde pegou um dos
óculos escuros que havia ali. Gente, esse menino ficou perfeito!
- Vamos! - falou rude e eu obedeci, com medo
de levar mais xingos.
Antes de sair
do quarto ele abriu uma gaveta e tirou de lá uma arma, que colocou na cintura
logo em seguida.
- Leve-a de volta ao quarto das vadias. -
ordenou a um dos seguranças que havia ali no corredor, e o mesmo assentiu e me
pegou pelo braço, o apertando forte.
JUSTIN POV.
- Hey! Vai com calma ai armário, aqui não tem
nenhum cachorro não porra! - Allyson esbravejou enquanto o segurança a levava
de volta ao quarto.
Ri fraco e
segui meu caminho. Desci as escadas correndo, encontrando Ellen passeando por
ali.
- Hey shawty! - sorri malicioso encarando
descaradamente suas pernas. - Que isso em delicia. - falei dando um tapa nas
mesmas e ela sorriu maliciosa.
- Volta logo? - perguntou apoiando as mãos em
meu peito e mexendo na gola do colete jeans, deixando-as para baixo.
- Não é da sua conta. - falei me afastando
dela que riu fraco e se afastou.
É assim que eu
gosto de mulher, obediente, que não opina, apenas serve de boca fechada.
Fui até meu
escritório e peguei a chave da Ferrari vermelha. Antes de sair olhei-me no
espelho e entortei o nariz.
- Não é que a vadia tem razão, gola assim tem
mais swag. - falei erguendo a gola do colete e rindo.
Coloquei os
óculos e sai de casa em direção à garagem. Entrei no carro e dei partida,
seguindo em direção ao galpão abandonado, onde os caras deixaram aquele filho
da puta. Liguei o radio e a batida animada de Hey Daddy, do Usher, ecoou por
todo o carro. Na hora veio á minha mente Allyson. Não sei o porquê, mas hoje,
quando estávamos transando, eu a tratei de um jeito diferente. Acho que pelo
que ela me disse, eu fiquei com pena, o que acontece raramente. Mas, tenho que
admitir, aquela garota me deixou louco. O modo inocente como ela corava a cada
toque ou olhar malicioso meu, seu corpo sexy parecia ter sido esculpido por
deuses, o jeito que ela me arrepiou apenas com um beijo. Tudo aquilo foi
esquisito. Ela é atrevida, e destemida, ao mesmo tempo em que é vergonhosa e
indefesa. Ela é... Diferente. É, acho que é.
Virei
bruscamente o carro ao perceber que quase passei da entrada de terra escondida
no meio do matagal, na beira de uma estrada pouco movimentada, levantando uma
nuvem de poeira. Pisei fundo no acelerador e em minutos cheguei ao galpão. Os
carros de Ryan, Chaz e Chris estavam lá. Eu estava louco para acabar com a raça
daquele filho da puta. Dentre meus homens havia um informante de Tom, e aquele
desgraçado passou o local onde receberíamos novas cargas, o que comprometeu e muito,
já que quase fui preso. Depois que eu descobri ele fugiu, mas foi idiota o
suficiente para continuar usando o mesmo celular. Ryan rastreou fácil o
imbecil.
Empurrei as
portas de madeira, quase caindo os pedaços, causando um barulho alto, chamando
atenção para mim. O Zé ruela estava amarado de cabeça par baixo, com um pano
preto na cabeça, enquanto pedia clemência.
- Ae Drew. - Chaz me cumprimentou, fazendo um
toque, e logo vieram os outros dois. - O filho da puta ai, se cagando de medo.
- O desamarrem. - mandei e assim fizeram,
deixando o corpo do cara cair no chão de terra. - O coloquem sentado ali. -
falei apontando uma cadeira no canto do casebre. Ryan o colocou lá o amarrando e
eu assenti sorrindo maldoso. É agora que a brincadeira começa!
Andei até ele e
tirei o capuz da sua cabeça, o cara piscou várias vezes para tentar se
acostumar com os fortes raios de Sol que entravam pelos vidros quebrados, e
arregalou os olhos assim que me viu.
- John! - exclamei e ele se encolheu. - Que
surpresa, não é?! - perguntei debochado. - Agora vamos conversar. - falei
calmo, pegando uma cadeira, a colocando de frente a ele, que me olhava atento,
e sentei com as pernas abertas. - Então quer dizer que o bostinha resolveu se
bandear para o lado do Tom? Sabe, eu achei muito engraçado isso, por que...
Você sabe que ninguém me faz de trouxa né? Ai, vem um merda, como você, e tenta
fazer isso. Engraçado, não é? - eu usava o deboche como arma. - Mas acho que
seu planinho não deu certo, eu ainda estou aqui, pronto para meter bala em
você. - ele arregalou os olhos. - Mas, antes disso acontecer, quero conversar.
Primeiro você vai colaborar comigo, para que sua morte seja menos dolorosa. -
mentira, eu quero vê-lo sofrer! - Onde o Tom se esconde? - mudei meu tom de
voz, deixando-o mais ameaçador e levantei, chutando a cadeira para longe de
mim. - Vamos, começa logo antes que eu me irrite! - falei pegando minha arma e
a destravando.
- Eu... Eu não sei. - gaguejou.
- Como assim não sabe? - perguntei irritado e
acertei um soco certeiro em seu rosto. - Como assim, trabalha pro cara e não
sabe porra?! Vamos, desembucha filho da puta!
- Eu não falava com ele diretamente.
- Julian! - Chaz exclamou e todos assentiram.
- O que ele te falava? - Chaz perguntou e nós viramos nossa atenção para o
cara, que tremia de medo, a nossa frente.
- Ele dizia que se o Bieber morrer, tudo
seria meu. - falou com a cabeça baixa.
- Alem de arrombado é iludido. - Chris
debochou e nós rimos.
Vire-me de
frente a ele e virei mais dois socos. Minha mão estava coçando para acabar com
ele naquele momento, mas precisava de mais informações.
- Como ficou sabendo da carga? - perguntei puxando
seus cabelos, para que ele me olhasse.
- Eu... Eu plantei... Escutas no seu
escritório. - falou baixo.
- O cara é corajoso. - Ryan falou e eu
assenti. - Você recebeu ajuda para isso, não recebeu?
- Não.
- Um Zé ruela como você não faria isso
sozinho. - falei. - Vamos, fale! - ordenei.
- Um dos seguranças. - falou.
- Nome caralho! - gritei o assustando.
- Grayson. - respondeu baixo.
- Aquele... - fechei minha mão em punho
sentindo raiva por ter mais um arrombado infiltrado e descontei na cara de
John. - Tinha mais alguém com você?
- Não. - respondeu cuspindo um pouco de
sangue.
- Vamos você sabe de mais, abre a boca
inferno! - Falei socando-o de novo.
- Não vou falar. - riu sem humor. - Descubra
sozinho Bieber.
Aquilo me
irritou. Chutei o pé da cadeira que ele estava fazendo-o ir de cara ao chão e
gemer de dor.
- Chris, vamos tomar medidas mais animadoras.
- falei e ele sorriu maldoso, indo até uma mesinha que tinha ali.
Em cima dela
tinha vários “utensílios” usados para tortura. Chris pegou uma faca na mão,
analisou e negou, pegando outro. Ele parou de frente a um alicate e sorriu,
virando para mim. Todos nós vibramos com o utensílio escolhido e ele me
entregou.
- John, vamos começar com pequenos
incentivos, ok? - falei levantando a cadeira e ele arregalou os olhos ao ver o
que eu tinha em mãos. - Vamos ver como você reage ao perder seus dedos. - falei
sorrindo maleficamente. - Por qual eu começo? - perguntei fingindo indecisão,
enquanto escutava ele gritar por socorro.
- Ae Drew, acho que o dedinho né? Coisa pouca.
- Chaz falou rindo e eu assenti.
Começando eu
peguei sua mão, que ele tentava manter longe de mim, mas sem sucesso, e
estiquei seu dedo mindinho. Posicionei o alicate bem rente ao fim do dedo e o
pressionei de leve, arrancando um pouco de sangue e um urro de dor, não muito
alto. Sorri assim que vi aquele negocio afundar em seu dedo e ele cair no chão
em cima de uma poça de sangue, ao som do berro de John. Aquilo era legal, dava
sensação de controle.
- Decidiu contar, ou arrancaremos mais alguma
coisa. - perguntei debochado e ele continuou a negar.
Seu dedo
jorrava sangue, e ele mordia fortemente o lábio, tentando conter os gritos de
dor, mas não abria a porra da boca.
...
John já estava
sem quatro dedos, mas até agora não abriu a boca. Eu ficava mais nervoso a cada
segundo.
- Chega dessa porra! - gritei irritado. - Vai
falar ou não caralho? - gritei o fuzilando e ele riu sem forças. - Vamos matar
de uma vez. - falei dando de costas a ele.
- Calma! Nós nem nos divertimos. - Ryan disse
esfregando as mãos.
Ele pegou um
taco de beisebol que tinha ali, escondido em um canto, e o jogou para o alto,
pegando em seguida e o ajeitando nas mãos. Ryan deu uma só na boca do estomago
do cara e ele vomitou uma bola de sangue, gemendo de dor. Logo Chris e Chaz juntaram-se
a ele, indo para cima do homem com vários outros utensílios, eu apenas fiquei
de longe observando.
Eu preciso
descobrir algo na qual eu possa localizar Tom. O filho da pua vem se escondendo
há anos, sempre atacando de longe, às escuras, e eu não posso reagir. Isso me
irrita profundamente! Eu preciso acabar com a raça daquele desgraçado, de
alguma forma, preciso chegar a ele. Eu já apaguei vários comparsas dele, sempre
me livrei de suas armadilhas, e tenho conseguido lidar com seus ataques, mas eu
preciso mata-lo, preciso ver seu sangue escorrendo, preciso vingar a morte do
meu pai. Aquilo não ficará assim, eu o matarei, nem que precise morrer para
isso, eu o matarei! Não tenho nada que me prenda a essa porra de vida mesmo.
Aqui o negocio é matar ou morrer.
- Chega com essa porra! - gritei, vendo que o
cara estava quase desmaiando. - Vamos acabar com isso de uma vez. - falei
sorrindo. - Chris, os galões. - ele assentiu indo até os fundos do galpão
velho.
Logo ele voltou
com três galões de gasolina e nós começamos a joga-los por todo o local. Fiz
questão de dar um banho em John, que estava meio desacordado, mas ainda poderia
sentir a dor. Assim que os três estavam vazios, peguei meu isqueiro e o acendi.
- Sorte com o capeta. - falei jogando o isqueiro
em cima dele, que começou a pegar fogo e gritar.
Eu e os caras
saímos, antes de tudo ali começasse a pegar fogo junto, e nos afastamos um
pouco, ficando junto aos nossos carros. Eu via o fogo queimando e já não se
podia mais escutar os berros de dor daquele imbecil. Sorri com isso. Ele
morreu, mais um que tentou ir contra mim morreu. Mais um filho da puta a menos
no mundo.
- Justin, está ficando cada vez mais difícil
chegar ao Tom. - Ryan falou se encostando ao meu carro, junto comigo.
- Nós temos que pegar o Julian. Aquele filho
da puta sabe de todos os esquemas do Tom, ele sabe de tudo. Precisamos
encontra-lo. - falei entre dentes. Eu encontraria esse cara.
- Mas nem como ele é sabemos. - Chaz se
intrometeu.
- Mas sabemos que ele está por perto, já que
consegue coagir nosso pessoal. - Chris disse.
- Ele deve estar rondando. - comentei. - Ele
sabe de tudo que fazemos, estamos em desvantagem. - falei pensativo vendo o
galpão explodir. - Vamos meter o pé, daqui a pouco alguém avisa que isso ta
explodindo. - falei indo até a porta do meu carro. - Falo ae!
Adentrei o
mesmo e sai dali cantando pneus. Agora, eu tenho decisões importantes para
resolver... Quem vai, e quem fica.
Oi amor, a fic ta muito boa :)) Mas eu achei seu user no anime spirit e comecei a ler Common Denominator lá.
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